Pesquisar
as referências e as identidades culturais de Ribeirão Preto tem sido uma atividade
comum à jornalista e doutora em Educação, Adriana Silva, à doutora em História,
Lilian Rodrigues de Oliveira Rosa, e à doutora em Artes, Maria de Fátima. As
três, com funções diferentes, fazem parte da Rede de Cooperação Identidades
Culturais, criada em 2010 e mantida pela Secretaria Municipal da Cultura de
Ribeirão Preto.
Ao
lado de outros pesquisadores, elas têm estudado a história da cidade com os
olhares atentos ao universo cultural e, ao se encontrarem no IPCCIC – Instituto
Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais, organizaram o projeto Artistas do Mundo, com o apoio da
Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).
Com
o objetivo de ocupar o vitral localizado no saguão de entrada do prédio da
FAAP, em Ribeirão Preto, com obras em homenagem a cinco artistas plásticos da
cidade, elas propuseram a realização deste livro e de um videodocumentário para
complementar a ação, compondo um material estrategicamente pensado para
homenagear os artistas: Bassano Vaccarini, Pedro Manuel-Gismondi, Leonello
Berti, Francisco Amêndola e Odilla Mestriner. Organizando, assim, as
informações sobre um período da vida cultural da cidade, neste universo, para
colaborar com os professores das redes de ensino municipal e estadual, uma vez
que o livro conterá uma proposta educativa e os vídeos serão distribuídos.
A
escolha dos artistas a serem homenageados não foi aleatória, respeitou a
leitura, em especial da Profª Drª Maria de Fátima, que compreende que eles são
representantes de um momento histórico representativo, não só da artes visuais,
mas, em especial das artes plásticas, em Ribeirão Preto.
O
vídeo foi pensado como uma linguagem complementar, para colaborar com o
registro das informações, reunir depoimentos, como memória oral, permitir que
outros importantes agentes desta história se fizessem presentes neste projeto
e, mais importante, oferecesse um material de fácil difusão cultural.
Metodologicamente
as pesquisadoras seguiram caminhos alternados, com ponto de encontro
pré-estabelecido. O vídeo teve como fonte os depoentes e, o livro, além dos
depoentes, teve a produção bibliográfica disponível, a pesquisa em várias
fontes, como a cinemateca, museus da Itália, bibliotecas, publicações na
imprensa, entre outros materiais especialmente selecionados para a análise.
Ao
final, conseguiu-se produzir um material como complemento. O livro, mais
biográfico e, o vídeo, mais ilustrativo. Somados, exibem a história de homens e
mulheres que, em momentos específicos de suas vidas, muito fizeram pela arte em
Ribeirão Preto.
A
ideia do vitral, que inicialmente deu origem ao projeto, explica-se pela grande
importância do vitral que existe na sede da FAAP, em São Paulo.
Estrategicamente, em Ribeirão Preto, a ocupação dos vidros se dará em fases,
sendo esta a primeira. No futuro, outros artistas deverão ser homenageados.
Como
elemento ilustrativo de ligação entre as obras, o vitral fará referência ao Aquífero
Guarani, mantendo alguns espaços para a representação da água. A vitralista
Yolanda Castel, que faz parte de uma família que trabalha com esta arte há mais
de seis décadas, foi a artista contratada para a produção. As cinco obras foram
escolhidas a partir da consulta aos familiares, das referências artísticas das
mesmas e da análise técnica da vitralista, que fez a escolha final, em busca da
melhor obra a ser reproduzida no estilo do vitral.
Convidamos
o leitor a se apropriar de todos os elementos do projeto. Além de ler esta
obra, assista ao vídeo, visite os vitrais e, se ainda não conhece, descubra
como estes artistas colaboraram para a formação artística da cidade de Ribeirão
Preto.